10 de mai. de 2021



Mamãe,

Mais um dia das mães sem aproximação. 
Embora já tenha tomado a segunda dose da vacina, ainda não me sinto seguro para sair de casa, por medo desse vírus que teima em causar tanta doença. Quando criança tive a maioria das doenças que existiam e a todas sobrevivi, mas sempre tive muito medo de morrer e tinha medo de dizer por achar que se dissesse realmente morreria. 
Ia enganando o medo e vencia a doença com seus remédios caseiros, sempre milagrosos, uma colherada de um lambedor ou qualquer mezinha, acompanhada do seu incentivo: beba meu filho, gut, gut, que é um santo remédio... A fé aumentava e iam embora mais uma gripe, catapora, sarampo ou caxumba.
Fico aqui torcendo para que essa Pandemia se acabe e com todos já vacinados, possamos fazer um grande encontro para comemorar o milagre da vida.

(09/05/2021)


Agradeço sua visita. 
Volte sempre e comente!



Mamãe



Mamãe
(Tarciso Coelho)

É aquela que na vida
Aos filhos a vida dá
Tendo o dom de amar
E de ser muito querida
No seu peito tem guarida
Aconchego para os seus
Sua missão veio de Deus
Dar a luz, amor e vida
Que Deus vida longa lhe dê
Para que ao longo da vida
Tenhamos sempre você
O céu seria na terra
Se Deus lhe esquecesse
E sua vida fosse eterna.

(09/05/2021)


Agradeço sua visita. 
Volte sempre e comente!



Agiota



Antônio Morais nos conta:

O meu amigo, camarada e  parente Manuel Costa, era um homem muito justo. Como politico  em sua terra Várzea-Alegre era um  conselheiro das boas praticas, bons costumes e boa convivência.
Um dia, um amigo o procurou e se queixou que  um agiota estava cobrando  9% de juros e, pediu  que o Manuel  tentasse convencer  o contraventor a abaixar  um pouco  os juros.
Manuel aguardou o momento certo, e, na primeira oportunidade, falou para  o agiota que também era seu amigo. Deu-se então  o seguinte lero entre os dois:
Manuel - Compadre, esses juros seus estão muito alto, 9% é pecado, Deus não ver isso com bons olhos.
O agiota - Compadre Manuel,  olhando lá de cima do céu,  no lugar do 9 Deus  vê é um 6.
Manuel - Pois é,  quando você estiver pagando a diferença  no inferno não diga que eu não avisei.

9 de mai. de 2021

Cândida, És Mãe!




Cândida, És Mãe!
(Tarciso Coelho)

Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
És na terra exemplo de vida e vigor
Esbanjas bondade, carinho e amor
Por Deus criada és a bela escultura

Singela, eleva-se fina e alva figura
Como flor de maior alvura e maior odor
Dando ao jardim o máximo esplendor
E à terra o maior exemplo de criatura

Última indumentária dos viventes
Ao deixares tantos mortais Carentes
Quando um dia te vestirem uma mortalha

Mas se deixas tantos sobreviventes
Ao final dirão todos os presentes
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!

30.01.2008.

28 de mai. de 2014

Participação no site da PREVI


Na foto, recebendo homenagem em Cedro-Ce.


Tarciso Coelho- Participação no site da PREVI


Luiz Tarciso Coelho tem uma história de vida intimamente ligada ao Banco do Brasil (BB). Depois de 27 anos trabalhando na instituição, ele se aposentou, procurando descansar. Mas o amor pelo trabalho falou mais alto: mesmo aposentado, ele prestou concurso público e voltou a atuar no BB há cerca de um ano e meio. Grande contador de histórias, Tarciso é, também, um poeta e cordelista de mão cheia.

Nascido em Várzea Alegre (CE), Tarciso conta, com orgulho, que andou por todo o Brasil trabalhando pelo banco como auditor. Além dos nove anos em auditoria, ele foi posto efetivo, caixa executivo, supervisor, gerente adjunto e gerente. Na primeira passagem pelo banco.

“Durante todo esse período, trabalhei em mais de 140 agências. Muitas vezes participei de cursos onde perguntavam aos colegas por quantas agências tinham passado. A maioria das pessoas falava números em torno de quatro, cinco... Quando era minha vez e eu dizia 140, todos se assustavam. Mas eu explicava que era por conta das auditorias”, lembra.

Quando se aposentou, Tarciso decidiu passar um tempo no Pará. Lá, descobriu concurso para o Banco da Amazônia. Prestou a prova e foi aprovado. Trabalhou por seis anos, mas nunca se esqueceu da terra natal. “Eu andava pelo mundo todo e sempre pensava no Ceará”, diz.

E, por isso, prestou novo concurso do BB. Aprovado, atuou por um ano e meio na cidade cearense de Aracati, e há poucas semanas voltou à capital, Fortaleza, onde trabalha e vive.

Além do banco, porém, Tarciso sempre se dedicou a outra atividade: a literatura. Ele conta que já escreveu textos para revistas e jornais, além de repentes e poesias. Publicou o “Liberdade”, com versos de sua autoria. Participou, também, de trabalhos literários em antologias no Piauí e no Pará. E, no centenário de Machado de Assis, foi um dos autores escolhidos para o livro “Um Soneto para Machado de Assis”, da editora Litteris, publicado em 2008, no centenário da morte do autor.

“Esse livro veio de uma proposta a autores para tentarem completar os 12 versos que Bentinho, personagem de 'Dom Casmurro', deixou de escrever um poema incompleto que fez para a amada Capitu. Como o texto contava com a palavra 'Cândida', que é o nome de minha mãe, fiz uma homenagem a ela e fui escolhido”, explica.

A mãe, prestes a completar 90 anos, acaba de ganhar mais uma homenagem de Tarciso. Ele contou a história da vida dela em cordel. O livro será distribuído a amigos. “Eu sempre escrevo sem o objetivo de ganhar dinheiro. Também publico textos na internet, mas apenas para entreter as pessoas”, conclui o autor.

De onde vem a inspiração para o que escreve?
Eu sou uma pessoa de origem pobre, humilde. Minha mãe foi uma sobrevivente da seca e eu passei por essas dificuldades. O gosto pela escrita veio lá do sertão. A vida sofrida do nordestino é que me dá a inspiração.

O que busca com a literatura?
Eu não digo que sou um escritor, mas que sou um poeta. Gosto de escrever poesias, histórias resumidas, e busco a essência das coisas.

Para conhecer melhor o trabalho de Tarciso Coelho entre em contato pelo Facebook:https://www.facebook.com/luiztarciso.coelhobezerra

24 de fev. de 2012

Há quem diga que...



Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isso não tem importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado."

William Shakespeare

1 de fev. de 2012

Nosso Pai: Uma saudade muito alegre!

NOSSO PAI

Ele era muito engraçado. Consultado sobre algum assunto, nunca dava sua opinião sem antes criar uma comparação com o problema em questão. Jevan e eu namoramos certa de três anos no maior sofrimento, escondidos, até que um dia nosso pai resolveu abrir mão e “aceitou” o namoro. Ficamos tão felizes que vendemos uma correntinha de ouro que eu tinha e compramos um par de alianças. Jevan foi falar com ele, oficializar o noivado. Quando voltou, eu fiquei muito triste, mas indecisa se não caberia também rir da resposta que ele deu. 

Veja só: - Jevan, pense direitinho, continue estudando, vamos ver se você consegue um emprego. Não se precipite, deixe isso pra mais na frente. Quando chegar o tempo, eu mesmo ajudo a você com esse casamento. Olhe, se vocês resolverem casar agora vai acontecer igual a um peão domando um cavalo “brabo”. Todos ajudam, até ver o peão em cima do cavalo. Então, cada um dá um cutucão no cavalo e corre pra longe. E o peão que faça sozinho o que puder antes da queda! E haja comparação! Rsrsrs

22 de ago. de 2010

Dilma Presidente





Dilma Presidente

O Presidente Lula
Que gosta de trabalhar
Deu o passo maior
Para fome acabar
E escolheu Dona Dilma
Pra luta continuar

Assim o nosso Povo
Com o Brasil condiz
E com a Dilma Presidente
Do jeito que Lula quis
Seguirá sempre pra frente
Sem medo de ser feliz

Tarciso Coelho

12 de mai. de 2010

Um dia feliz


Mesma posição, mesmo lugar 30 anos depois. Só faltou nosso Pai que já está no Ceu.

27 de nov. de 2009

Obrigada, Pai.


(Imagem: Tarciso Coelho)

Obrigada, pai

Obrigada, pai Pela vida!
Pela coberta que me aquece
Pelo teto que me abriga
Por tua presença amiga

Obrigada, pai
elos doces
Pelos presentes,
Pelos passeios na praça

Obrigada, pai
pelo suor na fronte
E pelos braços cansados
No final da jornada
Para que nada me faltasse

Obrigada, pai
Pelas noites em claro
Quando o dinheiro não deu
E mesmo assim,
Nunca nos abandonaste

Porque me castigaste
Quando eu estava errada
E por tentar me mostrar
O caminho da verdade

Obrigada, pai
Por tantas vezes que abdicaste
Teus sonhos para realizar os meus
E abriste mão das tuas vontades
Para realizar meus caprichos.

Obrigada, pai
Porque tu existes!
Porque és meu pai,
E porque toda tarde,
voltas pra casa.

Ariadne Sampson

24 de ago. de 2009

As nossa cruzes!

Nessa foto está ele e um viajante de medicamentos e atrás é um rapaz dos Moura de Cedro.

Quando nosso pai se foi, a gente ficou procurando alguma coisa que ele tivesse escrito. Difícil tarefa. Ele era muito bom de falar, ao contrário de mim, mas não escrevia quase nada. Depois de revirar tudo, encontramos algumas coisas. Uma foto da nossa casa, na enchente de Cedro, a cartinha que ele fez “pedindo” minha mãe em namoro. Linda cartinha de quase 50 anos, e outras coisinhas. E uma muito interessante, uma relação com o nome dos filhos, seguidos de uma cruz. Mas o que seriam essas cruzes? Demorou um tempinho pra alguém descobrir.

A relação era assim:

Tereza ++++
Hermano ++++
Regina ++
Eulina ++++
Tarciso ++
Marizinha +++
João +++
Candinha +
Cecília ++
Eudin
Cesar
Ana Cristina
Tereza Cândida

Acho que estava assim na época, mas não tenho certeza se errei algum. E cada cruz era o número de filhos que a gente tinha! rsrsrssr

Arrumando a casa...


(Na foto Rafael, já com 31 anos e o sobrinho Lucas)

No dia do aniversário de mês da morte do nosso pai, nós viajamos todos para o sítio Canindezinho, onde foi celebrada a missa. Minhas tias de Fortaleza e outros parentes estavam todos lá. Minha tia Eliane, que a gente carinhosamente chama de "Nenem" veio também. E depois da missa fomos todos para o Crato, a 13 km da minha casa em Juazeiro do Norte.

Como ela nunca tinha me visitado, aproveitei a viagem e chamei pra ela ir comigo, conhecer nossa casa. Ela aceitou e eu dei um jeitinho de telefonar pra Rafael, sem ninguém ouvir e pedi pra ela dar uma arrumada na casa, que devia estar de "cabeça pra baixo". Ele como sempre muito atencioso, se prontificou a fazer o serviço. Quinze minutos depois nós estávamos lá e me admirei de como estava tudo tão arrumadinho, mas fiquei calada, claro. Ele tinha 10 anos, na época.

Conversa vai, conversa vem, fomos sentar as duas, num banquinho em baixo da mangueira e foi ai onde ela falou uma coisa que nunca esqueci:

- Mas o Rafael é um menino muito atencioso. Assim que cheguei ele me falou: - Tia Neném, desculpa se não está tudo arrumado, mas quando a minha mãe telefonou foi muito em cima. Só deu pra eu enfiar tudo dentro do gurda roupa dos quartos.

Ai, meu Deus! quase não acreditei! rsrsrsrs Ainda bem que era gente de casa, minha tia.

E no dia seguinte, de toda porta que eu abria caia uma "trouxa", com toalha molhada, tênis, livros, etc, etc ...

11 de ago. de 2009

Crepúsculo de mi misma

Tela de John Atkinson Grimshaw

Crepúsculo de mi misma

El sol se levanta en un nuevo día:
- Los pájaros saludan el amanecer
Las flores y los ríos cantan
Las aguas parecen más cristalina
Y el vivir es más intenso!

Así fue mi vida.
Apasionada, jamás pensaba
Que en la soledad, podía ver
la salida del sol o las estrellas en el cielo !

Yo no tengo un nuevo comienzo!
En el crepúsculo de mi vida,
sin brillo, sin luz.
Los niños no cantan,
Y no hay transbordo en los ríos!

Los pájaros están volando en adiós ,
Como si no quisieran ver el final del día.
Como yo no quiero,
,br>Nen puedo tolerar mi final ...

Regina Helena
Tradução de Maria Madalena




2 de ago. de 2009

Manoel Costa: Uma saudade alegre


A letra dele. Muito linda.

Nossa irmã Lininha estava noiva de Bernardo quando este, numa farra com outros amigos, resolveu sair com uma das meninas. Na época, (1966) isso terminava em casamento. Não tinha o “ficar”. Foi um escândalo. Cidade pequena, nossa casa encheu de gente curiosa pra ver o drama. Quando eu cheguei em casa, ela estava na mesa da sala, com a cabeça entre os braços e a aliança no meio da mesa. Meu pai falava para as pessoas:

- vão pra suas casas, está sem jeito. Amanhã a gente vê como fica.

Quando todo mundo saiu, ele chamou jevan pra conversar e disse o seguinte:

- Essas coisas são como uma pessoa que vai passando para uma festa, com uma calça branca de linho e, em certo momento um carro passa num poço de lama e respinga a calça. Se a pessoa passa a mão, espalha a lama e não tem jeito. Suja tudo. O certo é esperar secar, então formam-se uma bolinhas duras que você facilmente remove do tecido...

Vamos deixar “esfriar”. Aí a gente vê o que deve ser feito.

....

Pra quem ficou curioso com o resultado: O Bernardo não casou. Ficou louco, desesperado atrás da nossa irmã, mas nosso pai falou pra ela que nunca mais falasse com ele, embora deveria deixar claro que “ela” não queria.

Ele não podia perder a amizade do pai do rapaz, que era compadre, parceiro político, etc. E assim foi.

19 de jul. de 2009

Réquiem para minha dor


John Atkinson

Réquiem para minha dor

Vieste para mim quando o amor se foi.
Ocupaste o lugar de quem tantas vezes
sentiu comigo a brisa acariciando a pele
e levando o nosso cheiro para alem dos ares.

Foste a companheira da minh'alma
e, ao me fazer chorar, eras também
o alento, o alimento, o remédio,
o conforto, enfim, o que restou.

O dia amanheceu sombrio, com cor de despedida.
Nunca mais verás minhas lágrimas cairem,
nem ouvirás a tristeza do meu cantar.

E hoje, no dia do teu fim, estou contigo...
Desfaço-me de ti, antes que tu me convenças
a me desfazer de MIM, por não mais te suportar.

Regina Helena

Poesia sem Verbo


Tela John Atkinson

nas linhas da vida,
o tempo da morte!
soluços, lágrimas...
restos de amor...

na manhã de dor
de tudo o fim
o fim da esperança:
- retalhos do adeus.

no chão orvalhado
de dor e de pranto,
do triste caminho,

o fim da estrada!
consumado o fato:
agora... a saudade!

Regina Helena

Tela de John Atkinson

Sou um NADA!
assim me vejo,
assim me sinto!
faço de TUDO mas...
não sou mestre em NADA!
um dia faço poesia
no outro sou artesã
e sinto que
poderia até pintar...
e nessas horas,
penso que sou TUDO!

Então, a realidade se impõe
e, de repente,
volto a ser NADA!
Um NADA que se dissolve
na alegria da vida,
nas dores, no sofrimento,
na mesmice da condição humana,
do poder fazer, executar,
decidir...
e, nesse momento,
volto a ser TUDO outra vez.


Regina Helena