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3 de jul. de 2024

Alfredo Favacho (Tio Nem)



Após 8 meses de aposentado do BB, tomei posse no Banco da Amazônia, em Soure(PA), em chamado de concurso em que fui aprovado. Trabalhados os 2 primeiros meses recebi vales alimentação referentes aos 60 dias. Os trâmites da posse atrasavam esse primeiro recebimento. Fui ao maior supermercado da cidade para tentar trocar os vales por dinheiro, pois dificilmente eu compraria tanta mercadoria até receber novos vales. Até ofereci um percentual ao dono do supermercado. O comerciante olhou pra mim meio enviesado e de pronto se negou a realizar a transação, ficando presente um certo ar de desconfiança da parte dele. Meio frustrado, dei bom dia e me retirei. Lembrei-me do Tio Nem, que tem um Mercadinho no Bairro Novo, onde algumas vezes tomei umas geladas em baixo de uma frondosa mangueira de frente, em que ao redor do tronco foi estrategicamente colocado um quadrado de madeira para servir de assentos pelos fregueses e transeuntes. Bem dizer adotei a Mangueira para usufruto, pois dela quem cuidava era o Tio Nem. Fiz a mesma proposta dos vales e o Tio Nem prontamente me atendeu. Disse: “Amigo, tem um vendedor que me compra todos os vales que recebo de meus clientes e comprará os seus também”. “Semana que vem ela estará aqui”. Entreguei os vales e disse que quando ele trocasse me avisasse que eu iria lá tomar umas e receber o valor correspondente aos vales. Na Sexta-feira seguinte eu estava na Balsa para travessia com destino à Camará e Belém, quando chega o Tio Nem com todo o dinheiro e me entregou. Quis lhe dar um valor e ele se recusou a receber. Ganhou minha fidelidade como cliente e nos tornamos amigos até os dias de hoje. 




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