12 de jul. de 2009
PRETO JOVÊNCIO, O VAQUEIRO
Cem longos anos
O Preto Jovêncio tem
Mas como ele consegue
Ser jovem como ninguém
É verdadeiro mistério
Que descobrir convém
Ele foi menino forte
Desde cedo trabalhou
E mesmo ainda miúdo
Sua profissão abraçou
E no mais famoso vaqueiro
Do Marajó se tornou
Ao longo de sua vida
O medo não lhe rondou
Ganhou muita corrida
Nos cavalos que montou
E derrubou touro brabo
Que nos campos campeou
E pelas ruas de Soure
Esta tão bela cidade
Tem a figura singela
Que lhe trás felicidade
Pois o vaqueiro mais forte
Aqui em muita amizade
Quando na rua ele passa
Cumprimenta todos que vê
E também é cumprimentado
Por quem quer lhe conhecer
Para saber da história
De tão longo bem viver
Se o ser humano busca
A sonhada longevidade
Não precisa de mistério
Só de Deus a caridade
E um monte de amigos
Que lhe dê felicidade
Passar o dia trabalhando
E toda noite dormindo
É apenas uma das formas
Para se manter menino
Mas se quiser coma turu
No seu lanche matutino
E assim vamos vivendo
Sem com ninguém se zangar
Nunca guardando ódio
E tendo sempre a quem amar
Pois com o caldo de turu
A energia vai lhe sobrar.
Tarciso coelho
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